JUNTAR FORÇAS POR GRÂNDOLA

Janeiro 12 2010

 

Não querendo ser tendenciosos, voltamos ao assunto porque sabemos que é de vital importância para a população.Há tantos anos que a história é a mesma e se repete constantemente. O necessário é chover.Depois de tanto protocolo e reuniões, a população do Lousal fica completamente isolada quando chove  mais do que mandam os interesses políticos. Prova que a política ainda não manda na Natureza.

Como infelismente é do conhecimento geral, desde há 30 anos Portugal tem passado sucessivamente por grandes secas, o que parece estar a favor da C.M.G. no que toca a esta aldeia. Contra a vontade da Câmara há cerca de 4 anos, choveu um pouco mais. O suficiente para que o Lousal ficasse isolado do mundo, o que parece mentira no séc. XXI.

Se bem se recordam, faltavam 3 dias para a visita oficial do Ex.mo Sr. Presidente da Repúblca Portuguesa, a velha e única ponte não permitia a passagem por execesso de corrente de água, ou seja havia sempre alternativa: O combóio. Mas tinha que ser de manhã ou à noite, porque só lá param dois por dia. Não damos nota de nenhum Presidente viajar assim de combóio, muito menos para esta terrinha perdida, embora a adore.

Na altura e porque era de suma importância, todos os técnicos disponíveis e necessários foram enviados pela Câmara para tentar resolver o problema. Conclusão e grande novidade: ou se elevava a velha ponte, ou se construía uma nova com mais condições de circulação rodoviária. Ficou a promessa.

Para quem duvida das promessas políticas, está à vista mais uma vez, o cumprimento da palavra dada: isolados de novo, mas com as autoridades presentes para nos dizerem aquilo que já sabemos: Não se pode passar. Quem está, está; quem não está, não entra.

Imaginemos um acidente, uma doença súbita (dado que a população é idosa e doente), um funeral para sair (como já aconteceu), enfim, uma série de situações. Como evacuar? Como acudir? O que fazer?

Sr. Presidente, só há uma solução: esperar que baixe a água e tudo fica resolvido até à proxima. Apertos de mão, mais umas promessas, mais uma desresponsabilização, um fadinho na tasca e desenrasquem-se.

Para quem duvide, ouçam-no falar, falar e mais falar. Fazer, é que já é outra coisa.

Deixamos-lhe uma humilde solução: por apenas um ano, retire um pouco da pompa da Feira de Agosto e sobrará algum dinheiro para fazer a nova ponte do Lousal e talvez alcatroar as ruas. Que tal?

Com os olhos postos no céu, porque da "terra" já não nos vem nada.

 

Josefina Batista

publicado por Bloco Grandola às 21:06

Muito bonito! Nem a porcaria de uma ponte em tantos anos fizeram... mas o engraçado é que na vila e arredores está tudo mais ou menos arranjadinho. Lá mais longe é que há "festa". Pouca vergonha...Mesmo à P.S. até me revolta as tripas
toino a 13 de Janeiro de 2010 às 14:11

Novo chorinho pelo Lousal, já irritam!
Não lhes chega a ponte que têm? Isto acontece uma vez de 10 em 10 anos e já cá estão a anunciar de corneta aos gritos?
Não percebo esta gente.
Desprestigiar a Feira por vossa causa? Se houvesse razões válidas tudo bem, mas só porque a água passa por cima da ponte... já é exigir demais. Calma isso passa...
Anónimo a 13 de Janeiro de 2010 às 14:15

Eu só me faz confusão as pessoas seram tão burras que nem lêm as coisas e vêm logo largar postas! Parece que o Sr. Presidente lhe paga, ó anónimo/a! E é sempre o mesmo.. mas não percebe que é a única ligação que têm ao resto do mundo?
Ou fazem-se burros e querem atirar-nos areia para olhos, ou são burros mesmo!
D.Josefina, há gente que não está preparada para democracia: dão-lhes toda a liberdade e abusam!
Envergonham uma pessoa.. que tristeza!
Grandolense Indignado a 13 de Janeiro de 2010 às 14:19

Não sei que raio têm contra o Lousal, mas isto é demais! Não leu? LEIA TUDO, porra! Deve ser daqueles que só vêm as notícias gordas dos jornais.. tudo só para destruir.
Parece mentira.. ou fala e diz coisas validas ou cale-se de uma vez por todas
Maria Antónia a 13 de Janeiro de 2010 às 14:22

Bloquistas da trampa. Pegam em tudo para destruirem no trabalho de anos de um partido. Vergonha deviam ter vocês. Mudem a ponte 25 de Abril para aí. Acham que se gastou pouco com o Lousal e querem mais? Falta de modéstia e gratidão.
Anónimo a 13 de Janeiro de 2010 às 14:24

Desisto de responder a esta gaja. parvalhona,
toino a 13 de Janeiro de 2010 às 14:26

Por amor de Deus. Se a conversa do SR. Presidente é essa aí na Camara, olhe que no Lousal, a conversa é outra. Uma coisa que está á vista de todos, a ser desmentida! que falta de humanidade. ser paga para ofender quem a sustenta é triste! muito mais triste é fingir que é cega. Vir pedir desculpas, ao Lousal, e voltar de novo a injuriálo Porquê? Não há Doutrina nenhuma no mundo que entenda. Por favor, não trate mal quem não a trata a si. Tem sido gasto algum dinheiro no Lousal mas é a Sapec não é a Câmara, só servimos para ser Eleitores e Contribuintes mais nada Ouviu. Não é Grândolense porque se fosse não falava Assim. ^NÃO OFENDA POR FAVOR. Se não ainda nos dá mais FORÇA.
Um Lousalense a 13 de Janeiro de 2010 às 15:18

Eh pá! Peço desculpa por todos nós por esta ave rara que aqui pousou e não larga. Grândola não é assim, não tem gente desta. O lado positivo, continuo a dizer é que o Lousal mostra a sua força e este blog incomoda muita gente!
Força Lousalense, força D.josefina! Força malta!
Ignorem essa *********
Um forte abraço
G.I. a 13 de Janeiro de 2010 às 17:00

Parece que os do Lousal são os vadios e os outros têm que responder à voz do dono.

“A voz do dono”

Quem não se lembra da velhinha etiqueta discográfica “His master’s voice”, ainda do tempo dos discos de grafonola, que era representada pela imagem de um cão sentado perto da campânula do dito instrumento musical, cuja tecnologia de reprodução não era ainda muito apurada e por vezes reproduzia algumas notas dissonantes.

Mas quase sempre é necessário que surjam notas dissonantes para que depois se possa alcançar a evolução e a harmonia musical, coisa que hoje em dia pouco se pratica pois fica-se quase sempre pelo politicamente correcto, talvez por incapacidade ou receio de ir contra a voz do dono e arcar com as consequências que tal possa acarretar.

É uma forma estranha de actuar, mas muito comum, ainda temos bem presente a recente votação na nossa Assembleia da República em que apenas foram concedidas algumas excepções, mas todos os resultados foram condicionados pela disciplina de voto imposta pelas diversas corporações presentes no hemiciclo, qual resposta de presente à voz do dono, perdão, do líder.

Para além de estranha é uma forma castradora de actuar pois não havendo dissonância, a música sai sempre igual e harmoniosa, mas não permite descobrir caminhos de evolução que só o politicamente incorrecto permitiria discutir e desbravar, assim parece andarmos num vai e vem constante entre o nada e o coisa nenhuma, a julgar pelos avanços reformistas da anterior legislatura que estão agora quase todos a fazer marcha a ré.

Diz um conhecido artista nosso contemporâneo que um artista satisfeito não existe ou é estúpido, seguindo esta linha de raciocínio eu diria também que um político satisfeito não existe ou é estúpido e isto sentido lato, em que todos somos actores políticos e não nos podemos conformar com aquilo que observamos ao nosso redor, se nos conformamos é porque somos estúpidos ou o nosso dono, perdão, o nosso líder, não nos permite exercitar melhor a nossa capacidade de observação.

O que nos resta então, resta-nos escolher entre o dono, perdão, entre o líder que nos proporciona o melhor conforto, em troca claro está da castração do nosso sentido de observação e da possibilidade de intervenção e de mudança de tudo aquilo que nos rodeia, ou entre sermos cães vadios e portanto não termos que atender à voz do dono.
Anónimo a 14 de Janeiro de 2010 às 00:16

Camões, poeta zarolho
foi um grande português
via mais ele com um só olho
do que nós com todos três.

E vocês não conseguem ver o mesmo que eu ?


As obras e os favores concedidos
Que, do rectângulo à beira mar,
Por valores nunca antes tentados,
Passaram ainda além dos milhões,
Em cartas e envelopes disfarçados
Mais do que prometia a corrupção humana,
E entre contas remotas edificaram
Novas mansões, que tanto desfrutaram;

E também as cunhas gananciosas
Daqueles boys que foram somando
A lábia e o discurso indecoroso
De junta a hemiciclo foram habitando,
E que por promessas imaginosas
Se vão da lei da Vida alheando
Gritando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Anónimo a 14 de Janeiro de 2010 às 23:01

Portugal, Portugal

Composição: Jorge Palma

Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Anónimo a 14 de Janeiro de 2010 às 23:53

É isso mesmo. De que estamos nós à espera?? Mas pessoas como antes já não há e os que resistiram vergaram com o peso de tanta "crise". Portugal é um país em crise permanente desde sempre. E viva o mito sebástico.
Aguardamos um D.Sebastião que nunca há vir. Até lá luta-se com as armas que temos e esta é uma delas - mostrar descontentamento! Lutar todos os dias para manter os olhos abertos... fazer algo e nunca nos calarmos.
Um abraço a todos/as

Maria João
Anónimo a 15 de Janeiro de 2010 às 13:03

Teatro Villaret recebe «Remix em Pessoa» de Jô Soares


O apresentador da TV Globo Portugal Jô Soares vai estar no Teatro Villaret a partir de 7 de Fevereiro de 2010 para protagonizar um espectáculo sobre poemas de Fernando Pessoa, baseado no seu CD «Remix em Pessoa».
«Porquê Pessoa? Porque Pessoa é essencial», afirma o apresentador que já esteve em digressão no Rio de Janeiro e São Paulo.

No espectáculo, Jô Soares «diz» os poemas de Fernando Pessoa. «Prefiro dizer a declamar», brinca.

Jô é um entusiasta conhecedor da obra do poeta português desde os 14 anos. Segundo o próprio, conheceu a obra de Fernando Pessoa durante uma viagem que fez a França e desde então nunca mais parou de ler a sua poesia.
Anónimo a 16 de Janeiro de 2010 às 00:13

RECTIFICAÇÃO DE DATAS REMIX EM PESSOA

Jô Soares, o conhecido apresentador da TV Globo Portugal diz poemas de Fernando Pessoa de 29 de Janeiro a 7 de Fevereiro de 2010, no Teatro Villaret, em Lisboa.

Anónimo a 17 de Janeiro de 2010 às 19:10

E depois??? O que tem o Jô a ver com isto? vá-se catar, homem!
Anónimo a 18 de Janeiro de 2010 às 17:56

Tudo tem a ver com tudo. O preto tem a ver com o branco, o escuro tem a ver com o claro, uma face tem a ver com a outra e até o facto de eu me ir catar tem a ver com a comichão.
Anónimo a 18 de Janeiro de 2010 às 18:05

«a máquina de fazer espanhóis», valter hugo mãe, novo romance, 6ª feira nas livrarias.
Anónimo a 19 de Janeiro de 2010 às 01:57

É a estatística, estúpido.

“A dor da gente”

Todos sabemos como a realidade pode ultrapassar a ficção … e sabemos também como a ficção pode ultrapassar a realidade, pois uma e outra são a mesma coisa, tudo depende do referencial temporal onde nos colocamos, como nos colocamos e como observamos os acontecimentos, de modo a que estes possam ser vistos de uma ou doutra forma.

Vejamos exemplo bem recente, de hoje, em que nos foi dado a conhecer que o nosso Presidente condecorou com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, o único ex-primeiro-ministro deste nosso país de ficção que na realidade ainda não tinha sido agraciado, aqui houve nitidamente um ponto no tempo em que a ficção e a realidade se cruzaram e obrigaram a este acto de mera reposição da justiça.

Já na longínqua China um artigo publicado hoje no jornal China Daily, a propósito da exibição do filme de ficção Avatar, reconhece que “o Ministério da Propaganda de Pandora conquistou o coração e a mente dos chineses” e aconselha os responsáveis chineses do sector a “enviarem uma delegação” àquele planeta, já os governantes chineses consideram potencialmente subversiva a mensagem deste filme, o que não acontecerá com a promoção dos “valores chineses” pretendida pelos autores de “Confúcio” que irá assim substituir o primeiro nas salas de cinema daquele país a partir de sexta-feira, aqui estamos perante o fluir de uma realidade ficcionada e de uma realidade distante no tempo que por mais que tentem não irão nunca cruzar-se e em caso algum conseguirão alterar a realidade pura e dura.

Também no palco da tragédia recente no Haiti, a mais pura realidade de sofrimento de uma população e a necessidade de ajuda urgente parecem não ser suficientes para pôr em marcha rápida toda a ajuda já disponibilizada, pois à boa maneira dos EUA, estes resolveram tomar o controlo do aeroporto de Port-au-Prince e estão a dificultar a já de si complexa tarefa logística de uma operação desta envergadura, a tal ponto que vários países Europeus já pediram a clarificação do papel deste país à ONU, é triste dizê-lo mas mais parece um filme de ficção em rodagem no aeroporto, enquanto as populações desesperam pela necessária ajuda, aqui a todo o tempo a ficção criada se sobrepõe à dramática realidade e o tempo para reverter a ficção em realidade parece esgotar-se a cada instante.

Destes casos bem recentes podemos verificar como é difícil por vezes distinguir a ficção da realidade e vice-versa e quais os objectivos a alcançar com o condicionamento ou ficcionamento das realidades, que muitas vezes mais nos parecem ser meros actos de propaganda ou ocultação de outras realidades, pois salvaguardando honrosas excepções, a preocupação real já não parece ser a da salvaguarda dos direitos básicos de cada um de nós, nós todos apenas contamos na hora de ficcionar os números que traduzem a realidade estatística e aqui sou forçado a dar razão a Chico Buarque quando canta, “a dor da gente não vem no jornal”.
Anónimo a 20 de Janeiro de 2010 às 01:15

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